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Em 22 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou oficialmente sua decisão de retirar novamente o país da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O anúncio foi feito por meio de comunicação ao órgão, com efeito previsto para 31 de dezembro de 2026.
A justificativa oficial apresentada pelo governo americano alega que a Unesco promove “causas culturais e sociais divisivas e woke”, além de exibir suposto viés anti-Israel e aprovar a entrada da Palestina como Estado‑membro — o que, segundo autoridades americanas, vai contra os interesses nacionais. Em nota, a vice‑porta‑voz da Casa Branca, Anna Kelly, afirmou que a decisão está alinhada com a política “America First” e a agenda eleita em novembro.
Esse movimento representa o terceiro recuo dos EUA da Unesco. O país foi um dos membros fundadores, em 1946, mas se retirou em 1984 sob a presidência de Ronald Reagan alegando má gestão e viés político. Retornou em 2003 durante o governo de George W. Bush, saiu novamente em 2017 na gestão Trump e voltou em 2023 com Joe Biden.
A Unesco já estava preparada para o impacto, segundo sua diretora‑geral, Audrey Azoulay. Desde a primeira saída em 2018, a organização diversificou fontes de financiamento e reduziu a dependência dos EUA, que hoje representam cerca de 8% do orçamento ante quase 22% em 2011. Azoulay também destacou os resultados recentes da Unesco, como programas de reconstrução (Mosul), educação sobre holocausto, ética em inteligência artificial e apoio a países em conflito.
Especialistas apontam que a retirada dos EUA pode não apenas enfraquecer financeiramente a agência, mas também aumentar o espaço de influência da China em organismos multilaterais.
Reações internacionais foram imediatas: a França declarou suporte “incondicional” à Unesco, enquanto Israel celebrou a decisão, afirmando ser “um passo necessário para justiça e tratamento justo” dentro do sistema da ONU.
Por que isso importa?
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Retirada planejada: o recuo foi precedido por uma revisão ordenada por Trump em fevereiro de 2025 sobre a atuação dos EUA na Unesco .
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Impacto simbólico e financeiro: embora representando 8% do orçamento, a saída rompe novamente a liderança cultural americana no cenário global de educação, ciência e patrimônio.
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Eco geopolítico: a ausência dos EUA abre espaço para a China desempenhar papel mais central na diplomacia internacional cultural.
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Histórico de idas e vindas: esta é a terceira vez que os EUA abandonam a Unesco, refletindo tensões políticas internas e externas em andamento.
O que vem a seguir?
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Até o fim de 2026, os EUA ainda participam ativamente das atividades da Unesco. Após essa data, participação e financiamento serão encerrados, mas relações com entes privados, acadêmicos e não-governamentais ainda serão mantidas pela agência.
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A Unesco afirma que não prevê cortes ou demissões por enquanto, confiando em maior apoio de outros países e do setor privado.
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A comunidade global acompanha os desdobramentos, sobretudo nas áreas de educação, cultura e conservação do patrimônio.
| A decisão de 22 de julho de 2025 representa mais um capítulo das ações do governo Trump para distanciar os EUA de organismos multilaterais. Tem implicações práticas e simbólicas para a pós-segunda guerra e o futuro da colaboração internacional. A Unesco precisa agora demonstrar resiliência financeira e política para continuar sua missão global. |
* Com informações das fontes: AP AP NewsABC7 San Francisco Axios Axios Reuters Reuters UNESCO UNESCOWikipedia Politico Politico The Guardian The Guardian Economist Times The Economic Times
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