O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, dissolveu neste sábado o Parlamento do país um dia após o pedido de demissão do primeiro-ministro Mario Monti.A medida é o passo prévio para a convocação de novas eleições.
Napolitano anunciou à imprensa que havia procedido a assinatura do decreto de dissolução das duas Câmaras que formam o Parlamento italiano. O presidente citou o procedimento como "algo já previsto devido aos últimos eventos", em alusão à renúncia de Monti. Ele explicou que não havia outra solução, já que restava pouco tempo para a aprovação da Lei de Orçamentos para 2013, além disso, já em fevereiro teria que ser finalizada a legislatura atual.
Em sua fala, Napolitano desejou que a próxima campanha eleitoral seja "comedida e construtiva" e lembrou que na tradicional mensagem televisivo de fim de ano expressará "suas considerações" sobre o que espera ao país. O presidente italiano ainda revelou que amanhã Mario Monti concederá entrevista coletiva e nela deverá dizer se será ou não candidato à presidência nas próximas eleições.
Depois que Monti apresentou sua renúncia, como anunciara logo após a aprovação dos Orçamentos, Napolitano abriu neste sábado uma jornada de consultas com os porta-vozes dos grupos parlamentares e com os presidentes da Câmara dos Deputados e Senado.
Também foi anunciado neste sábado que os italianos vão às urnas nos dias 24 e 25 de fevereiro para a eleição nacional.