Lojas de Bariloche são alvo de saques na Argentina

 

Turismo - 21/12/2012 - 11:42:18

 

Lojas de Bariloche são alvo de saques na Argentina

 

Da Redação com BBC Brasil

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A polícia de choque foi chamada para proteger um supermercado de Bariloche, no sul da Argentina, após dezenas de pessoas invadirem o local para promover saques na quinta-feira.

A polícia de choque foi chamada para proteger um supermercado de Bariloche, no sul da Argentina, após dezenas de pessoas invadirem o local para promover saques na quinta-feira.

Muitas pessoas eram vistas saindo com carrinhos carregados com equipamentos eletrônicos, roupas e brinquedos.

Outras duas lojas da região também foram saqueadas. A multidão só foi dispersada com jatos de água e gás lacrimogêneo.

 

 

Governo argentino acusou grupos anarquistas e criminosos pelos saques em Bariloche

 

 

 

A cidade de Bariloche é um movimentado destino turístico, que atrai milhares de pessoas todos os anos, incluindo muitos brasileiros.

Os problemas econômicos da Argentina vêm se acumulando nos últimos meses, com uma alta do desemprego e uma inflação não oficial de 25% (os números do governo ainda indicam menos de 10% de inflação).

O governo acusou gangues criminosas e grupos anarquistas pelos ataques.

O governador da Província de Rio Negro, onde fica Bariloche, afirmou que os saques tinham motivação política.

"Com esse tipo de ação, esses grupos vêm tentando pintar um quadro falso de colapso social e político", afirmou Alberto Weretilneck em um comunicado.

Razões e a Mídia

O primeiro saque ocorreu em um supermercado Changomas, da rede Walmart. De acordo com o “Clarín”, cerca de 100 pessoas invadiram o estabelecimento por volta das 9:30h (horário local). Os saqueadores conseguiram levar televisores de LCD, videocassetes, além de alimentos e roupas. A loja foi fechada e a polícia foi ao local, mas foi recebida por paus e pedras.

Ainda conforme informações do “Clarín”, a polícia tinha ordens de “conter, mas não interferir”. Segundo o “La Nación”, o comissário da polícia Osvaldo Tellería informou que ninguém foi detido.

A tensão continuou na parte da tarde, com enfrentamentos entre manifestantes e a polícia. A ação dos saqueadores continuou, com a invasão de duas lojas da rede de supermercados Todo, de onde foram levados, principalmente, alimentos e bebidas. O “Lá Nación” informou que a associação de empregados do comércio local determinou a paralização das atividades pro volta das 14h.

Os saques começaram a ocorrer no bairro Nuestras Malvinas, próximo a regiões carentes da cidade. Uma das saqueadores se justificou, em relato à “Agência Nacional de Bariloche”:

"Estamos mortos de fome, há muita necessidade. Tenho dois filhos e não posso lhes dar de comer".

De acordo com os jornais locais, a situação é tensa na região e rumores de que saques poderiam ocorrer circulavam há dias pela cidade. A relação entre a polícia local e moradores das áreas mais pobres de Bariloche tem atritos, principalmente depois de um conflito que resultou na morte de dois jovens, em 2010.

O governo da Argentina anunciou o envio de 400 soldados da Gendarmeria Nacional para fortalecer a segurança na cidade.

Com informações da BBC Brasil, Clarín, La Nation e G1

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