"> Incursões de drones russos aumentam tensão entre Europa e Moscou

 

Internacional - 28/09/2025 - 11:45:53

 

Incursões de drones russos aumentam tensão entre Europa e Moscou

 

Da Redação .

Foto(s): Reprodução Twitter

 

Avistamentos de drones russos em espaço aéreo europeu, como Dinamarca, Polônia e Romênia, provocam reações oficiais, críticas de países afetados e medidas emergenciais da União Europeia e da OTAN para conter o avanço e os riscos à segurança regional.

Avistamentos de drones russos em espaço aéreo europeu, como Dinamarca, Polônia e Romênia, provocam reações oficiais, críticas de países afetados e medidas emergenciais da União Europeia e da OTAN para conter o avanço e os riscos à segurança regional.

Nas últimas semanas, o espaço aéreo de países como Dinamarca, Polônia, Romênia, Alemanha e Estônia foi violado por drones não identificados, atribuídos majoritariamente à Rússia. O caso mais recente ocorreu na Dinamarca, onde diversas instalações civis e militares foram sobrevoadas, levando ao fechamento temporário do aeroporto de Aalborg e aumento dos sistemas de vigilância.

O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, declarou: “O objetivo desse tipo de ataque híbrido é espalhar medo, dividir e nos intimidar”. O governo local decidiu adquirir novas ferramentas para detectar e neutralizar drones, contando com apoio da Suécia para fortalecer a capacidade de defesa.

Drone Russo - mapa

Além da Dinamarca, Polônia e Romênia também relataram invasões. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que esse fato representa uma violação flagrante da soberania da União Europeia e uma grave ameaça à segurança regional. O ministro da Defesa da Romênia alertou que novos incidentes serão respondidos com o abate imediato de drones invasores. No caso polonês, incêndios e busca de destroços mobilizaram forças da Otan e aceleraram operações conjuntas, como a Sentinela Oriental, envolvendo caças e sistemas antiaéreos fornecidos por Reino Unido, Itália e Finlândia.

Diversos governos europeus acusam Moscou de testar a capacidade defensiva e coesão dos países da Otan. O comissário europeu para Defesa, Andrius Kubilius, declarou: “A Rússia está testando a União Europeia e a Otan; nossa resposta tem de ser firme, unida e imediata”. A União Europeia articula a construção de um muro antidrones, envolvendo dez Estados-membros e países convidados como a Ucrânia.

Na esfera internacional, o secretário-geral da Otan afirmou oficialmente que todas as ferramentas militares e não militares serão usadas para proteger a aliança, após incidentes em Dinamarca, Estônia, Polônia e Romênia. O Artigo 4 do tratado foi acionado pela Estônia, prevendo consultas e ações preventivas sempre que a integridade territorial de um aliado está em risco.

Por outro lado, a Rússia negou veementemente qualquer envolvimento nos episódios. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou na ONU que a Rússia rejeita firmemente qualquer sugestão de envolvimento. Qualquer agressão será respondida de maneira decisiva. Moscou argumenta que as acusações são uma provocação encenada e promete retaliação se houver ações diretas contra seu país.

As sucessivas incursões aumentam a tensão política internacional, levando países europeus a reforçar leis, ampliar parcerias militares e priorizar a defesa de infraestrutura crítica. Analistas destacam que a estratégia de Moscou pode ser vista como tentativa de pressionar a coesão interna da Otan e reduzir o apoio à Ucrânia.

Ações tomadas pelos países invadidos e pela Otan

País/Entidade Ação Tomada
Dinamarca Aquisição de sistemas antidrones, apoio da Suécia, reforço da defesa
Polônia Mobilização da Otan, operação conjunta Sentinela Oriental
Romênia Alerta de abate imediato, coordenação com União Europeia
Alemanha Planejamento de legislação para abater drones invasores
Estônia Acionamento do Artigo 4 da Otan, escolta de caças da aliança
União Europeia Criação do muro antidrones, sanções avaliadas contra a Rússia
Otan Alerta formal a Moscou, defesa reforçada nos países-membros

DRONES SOBRE A DINAMARCA: O MAIOR SUSTO NO ESPAÇO AÉREO DESDE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Drones não identificados sobrevoando instalações de defesa dinamarquesas no fim de semana deixaram o governo em alerta vermelho. A Defesa não revela quem está por trás disso, mas a Alemanha acaba de oferecer equipamentos antidrones.

O Ministro dos Transportes, Thomas Danielsen, classificou a violação como a mais grave do espaço aéreo dinamarquês desde a Segunda Guerra Mundial.

Na próxima semana, Copenhague sediará duas grandes cúpulas da UE, então a Dinamarca está fechando os céus: todos os drones civis serão proibidos de segunda a sexta-feira. Quebrar a proibição? Até 2 anos de prisão.

Exceções apenas para drones militares, policiais e de emergência. Líderes empresariais já estão fazendo lobby para mantê-la temporária, alertando que os drones agora são infraestrutura crítica. Ou seja, jogos de espionagem estão colidindo com pacotes da Amazon.

A Dinamarca acaba de entrar na linha de frente da nova Guerra Fria da Europa – travada não com jatos, mas com pequenas máquinas zumbidoras e negáveis.

Fonte: TV 2 Dinamarca

As ações demonstram prioridade à cooperação militar e tecnológica, mesmo em meio à negação e ameaças do governo russo. Os próximos meses devem trazer novos debates e medidas para garantir que a violação do espaço aéreo europeu seja contida, mantendo o equilíbrio geopolítico e a segurança para todos os Estados aliados.

(*) Com informações das fontes: G1, CNN Brasil, UOL, Veja, Jovem Pan, Gazeta do Povo, Terra, Brasil de Fato, Carta Capital e Wikipedia.

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