Nas últimas semanas, o espaço aéreo de países como Dinamarca, Polônia, Romênia, Alemanha e Estônia foi violado por drones não identificados, atribuídos majoritariamente à Rússia. O caso mais recente ocorreu na Dinamarca, onde diversas instalações civis e militares foram sobrevoadas, levando ao fechamento temporário do aeroporto de Aalborg e aumento dos sistemas de vigilância.
O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, declarou: “O objetivo desse tipo de ataque híbrido é espalhar medo, dividir e nos intimidar”. O governo local decidiu adquirir novas ferramentas para detectar e neutralizar drones, contando com apoio da Suécia para fortalecer a capacidade de defesa.
Além da Dinamarca, Polônia e Romênia também relataram invasões. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que esse fato representa uma violação flagrante da soberania da União Europeia e uma grave ameaça à segurança regional. O ministro da Defesa da Romênia alertou que novos incidentes serão respondidos com o abate imediato de drones invasores. No caso polonês, incêndios e busca de destroços mobilizaram forças da Otan e aceleraram operações conjuntas, como a Sentinela Oriental, envolvendo caças e sistemas antiaéreos fornecidos por Reino Unido, Itália e Finlândia.
Diversos governos europeus acusam Moscou de testar a capacidade defensiva e coesão dos países da Otan. O comissário europeu para Defesa, Andrius Kubilius, declarou: “A Rússia está testando a União Europeia e a Otan; nossa resposta tem de ser firme, unida e imediata”. A União Europeia articula a construção de um muro antidrones, envolvendo dez Estados-membros e países convidados como a Ucrânia.
Na esfera internacional, o secretário-geral da Otan afirmou oficialmente que todas as ferramentas militares e não militares serão usadas para proteger a aliança, após incidentes em Dinamarca, Estônia, Polônia e Romênia. O Artigo 4 do tratado foi acionado pela Estônia, prevendo consultas e ações preventivas sempre que a integridade territorial de um aliado está em risco.
Por outro lado, a Rússia negou veementemente qualquer envolvimento nos episódios. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou na ONU que a Rússia rejeita firmemente qualquer sugestão de envolvimento. Qualquer agressão será respondida de maneira decisiva. Moscou argumenta que as acusações são uma provocação encenada e promete retaliação se houver ações diretas contra seu país.
As sucessivas incursões aumentam a tensão política internacional, levando países europeus a reforçar leis, ampliar parcerias militares e priorizar a defesa de infraestrutura crítica. Analistas destacam que a estratégia de Moscou pode ser vista como tentativa de pressionar a coesão interna da Otan e reduzir o apoio à Ucrânia.
Ações tomadas pelos países invadidos e pela Otan
País/Entidade |
Ação Tomada |
Dinamarca |
Aquisição de sistemas antidrones, apoio da Suécia, reforço da defesa |
Polônia |
Mobilização da Otan, operação conjunta Sentinela Oriental |
Romênia |
Alerta de abate imediato, coordenação com União Europeia |
Alemanha |
Planejamento de legislação para abater drones invasores |
Estônia |
Acionamento do Artigo 4 da Otan, escolta de caças da aliança |
União Europeia |
Criação do muro antidrones, sanções avaliadas contra a Rússia |
Otan |
Alerta formal a Moscou, defesa reforçada nos países-membros |
DRONES SOBRE A DINAMARCA: O MAIOR SUSTO NO ESPAÇO AÉREO DESDE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Drones não identificados sobrevoando instalações de defesa dinamarquesas no fim de semana deixaram o governo em alerta vermelho. A Defesa não revela quem está por trás disso, mas a Alemanha acaba de oferecer equipamentos antidrones.
O Ministro dos Transportes, Thomas Danielsen, classificou a violação como a mais grave do espaço aéreo dinamarquês desde a Segunda Guerra Mundial.
Na próxima semana, Copenhague sediará duas grandes cúpulas da UE, então a Dinamarca está fechando os céus: todos os drones civis serão proibidos de segunda a sexta-feira. Quebrar a proibição? Até 2 anos de prisão.
Exceções apenas para drones militares, policiais e de emergência. Líderes empresariais já estão fazendo lobby para mantê-la temporária, alertando que os drones agora são infraestrutura crítica. Ou seja, jogos de espionagem estão colidindo com pacotes da Amazon.
A Dinamarca acaba de entrar na linha de frente da nova Guerra Fria da Europa – travada não com jatos, mas com pequenas máquinas zumbidoras e negáveis.
Fonte: TV 2 Dinamarca
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As ações demonstram prioridade à cooperação militar e tecnológica, mesmo em meio à negação e ameaças do governo russo. Os próximos meses devem trazer novos debates e medidas para garantir que a violação do espaço aéreo europeu seja contida, mantendo o equilíbrio geopolítico e a segurança para todos os Estados aliados.
(*) Com informações das fontes: G1, CNN Brasil, UOL, Veja, Jovem Pan, Gazeta do Povo, Terra, Brasil de Fato, Carta Capital e Wikipedia.
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