PF abre inquérito e nega fazer grampos ilegais

 

Nacional - 02/09/2008 - 06:56:08

 

PF abre inquérito e nega fazer grampos ilegais

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A Polícia Federal informou, na noite passada, que determinou à Superintendência Regional no Distrito Federal a instauração de inquérito para apurar as denúncias de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria coordenado a instalação de grampos ilegais para monitorar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e conversas dos ministros Marco Aurélio Mello, também do STF, Dilma Rousseff (Casa Civil) e José Múcio (Relações Institucionais).

As investigações da PF serão acompanhadas pela Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, do Congresso Nacional, e pelo Ministério Público Federal.

Em nota à imprensa, a PF rebateu o que classificou de "ilações", segundo as quais os policiais federais atuariam em "atividades ilegais de escuta". "Como polícia judiciária, (a PF) utiliza o instituto da interceptação telefônica como meio de investigação, com acompanhamento do Ministério Público e autorização judicial, nos termos da legislação vigente", diz a PF na nota.

O grampo

De acordo com reportagem da revista Veja, a Abin teria gravado conversa telefônica do ministro Gilmar Mendes com o senador Demóstenes Torres. A reportagem traz a transcrição do diálogo e diz que teve acesso aos documentos por meio de um servidor da agência, que pediu anonimato.

O diálogo telefônico de pouco mais de dois minutos entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) teria ocorrido no fim da tarde do último dia 15 de julho. A revista diz que, mesmo sem ter relevância temática, o diálogo prova a ilegalidade da espionagem.

No telefonema, Demóstenes pede ajuda a Gilmar contra a decisão de um juiz de Roraima que teria impedido o depoimento de uma importante testemunha na CPI da Pedofilia, da qual é relator. Mendes agradece a Demóstenes por ter criticado, na tribuna do Senado, o pedido de impeachment do presidente do STF feito por um grupo de promotores descontentes com o habeas-corpus concedido ao banqueiro Daniel Dantas. Na época, a Polícia Federal acabara de concluir a Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro duas vezes. A assessoria de Mendes confirma a conversa com o senador.

Veja vídeo sobre o assunto aqui https://www.grupoahora.com.br/flv/video/grampo_abin.html.

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