Por meio de nota, o escritório Teixeira, Martins & Advogados, do advogado Roberto Teixeira, contestou, nesta quarta-feira (4), as acusações de que teria havido favorecimento na escolha do comprador da Varig e da VarigLog durante o processo de recuperação extrajudicial da companhia aérea.
As denúncias foram divulgadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo” desta terça. A reportagem se baseia em declarações da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu. O escritório de advocacia é citado no texto como o representante dos compradores da VarigLog e da Varig.
A ex-diretora da Anac afirma que havia grande pressão dos advogados junto ao governo para se aprovar a transferência acionária da VarigLog. Segundo ela, houve “tentativa de monitoramento” das ações da Anac por parte da Casa Civil neste caso. A ministra Dilma Rousseff disse que as denúncias são falsas.
A nota do escritório de advocacia afirma que Denise Abreu “fez de tudo para impedir o restabelecimento da VarigLog e da Nova Varig”. ”Uma autorização que deveria ser emitida em 30 dias demorou cerca de um ano. Linhas foram transferidas a outras companhias sem os requisitos legais. Sucessivas proibições dificultaram o resgate da companhia aérea”, diz o texto.
A reportagem traz também declarações de Marco Antônio Audi, sócio da VarigLog. Ele diz que a aprovação da compra da empresa aconteceu devido à influência de Roberto Teixeira no governo e na Anac. Audi afirma que pagou US$ 5 milhões a ele para cuidar do caso.
Na nota, o escritório ressalta que as informações relacionadas à VarigLog constam em um processo que tramita na 17ª Vara Cível de São Paulo. ”Naquele processo há documentos relevantes que revelam quais foram os reais beneficiários de pagamentos realizados pelo Sr. Audi com dinheiro da VarigLog”, diz o texto.
