Já estão na mesa do presidente Lula os nomes dos novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A lista quádrupla para as duas vagas existentes envolveu um poderoso e silencioso lobby que assanhou os corredores políticos e jurídicos de Brasília. Quatro nomes estavam no páreo. Quem tem a maior constelação de padrinhos é o desembargador de Brasília Dácio Vieira. Pediram por Vieira o advogado-geral da União, Antônio Toffoli, o amigo do presidente Lula, o ex-deputado Sigmaringa Seixas, além do ex-ministro Sepúlveda Pertence, do STF, todos muito próximos de José Dirceu. Tanto apoio acabou atrapalhando. O candidato das estrelas, Dácio Vieira, sequer foi recebido pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e já é tido como carta fora do baralho.
Se a decisão fosse hoje a escolha recairia sobre o desembargador Jorge Mussi, que andou por Brasília e, de maneira transversa, andou cobrando mais empenho de sua conterrânea, a líder petista no Senado Idelli Salvatti (SC). O outro nome seria de Sidnei Beneti, o mais novo dos candidatos que presidiu a União Internacional dos Magistrados e conta com o importante apoio do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.
O quarto nome, correndo por fora, é o do desembargador José Milton, presidente do Tribunal de Justiça do Pará. Se houver alguma mudança de última hora será a troca de Beneti pelo paraense José Milton. As vagas da vez são de desembargadores, e todos os candidatos, exceto Beneti, chegaram a seus tribunais, nos Estados, através das vagas da OAB.
FH foi o presidente que mais nomeou para o STJ, que tem 33 ministros. Lula ainda não tem a maioria dos ministros atuais, mas poderá fazer mais um ministro com a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Pádua Ribeiro. Para essa, os nomes serão sugeridos pela OAB. As três sessões do STJ (Criminal, Privada e Pública) é que dão a palavra final sobre demandas tributárias, questões previdenciárias e crimes cometidos por governadores, secretários de Estado e desembargadores.
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