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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, comemorou hoje a última pesquisa Ibope de intenção de voto, em que registrou crescimento dos 19% de junho para 27%. Alckmin disse que recebeu os números com humildade e alegria. Segundo ele, fica claro que a vantagem de Lula está diminuindo e será ainda menor quando realmente começar a campanha, em referência ao início da propaganda eleitoral gratuita em 15 de agosto.
O tucano acredita que seu "nível de conhecimento" tem grande possibilidade de aumentar. Ele falou que, assim que começar a campanha, essa diferença será ainda menor. Sobre a preferência do eleitorado de classe baixa no candidato Lula, ele alegou que isso acontece devido à falta de informação. Segundo a pesquisa, entre os eleitores que ganham até 1 salário mínimo, Lula tem 68% da preferência, enquanto Alckmin tem 21%. Entre os que ganham mais de 10 salários, a situação se inverte e Alckmin tem 60% contra 22% do presidente.
"No Estado em que somos os dois conhecidos, que é o caso de SP, eu ganho em todas as classes. O problema é mesmo a informação. Através da TV e do rádio, no entanto, isso será mudado". Alckmin fez questão de lembrar ainda que seu nível de rejeição é menor que o de seu concorrente direto e por isso acredita no seu enorme potencial.
A pesquisa realizada pelo Ibope em julho mostrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à releição, com 44%. Em junho, Lula tinha 48%. A senadora Heloísa Helena (Psol) obteve 8%, crescimento de 2% em relação a pesquisa anterior. Cristovam Buarque (PDT), José Maria Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO) tiveram cada um 1%. O candidato Luciano Bivar (PSL) teve menos de 1%. Os votos brancos e nulos alcançaram 9%. Outros 9% não souberam responder. O levantamento entrevistou 2.002 pessoas, entre os dias 22 e 24 de julho, em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A pesquisa Ibope está registrada no TSE sob o número 11637/2006.
Cargos comissionados
No comitê da campanha em Brasília, Alckmin afirmou que quer reduzir o número de funcionário com cargos comissionados no governo federal. Segundo ele, com esses cargos, o governo perde em eficiência e gera condições para a corrupção. "A idéia é reduzir o número enormemente, especialmente em empresas estatais", afirmou.
Questionado sobre o tamanho da redução, Alckmin não quis dar números, mas ressaltou que, de qualquer forma, a fará. Ele informou também que sua equipe de campanha já está fazendo levantamento para poder passar os números exatos.
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