Fontes e chafarizes instalados na frente do Museu do Ipiranga, no parque Independência, em São Paulo, voltam a funcionar para o público como homenagem aos 450 anos da cidade e ao 7 de Setembro.
A reforma, que custou R$ 5 milhões —o dinheiro foi captado por meio de lei de incentivos estadual e com patrocínio do Banco Real—, reabriu a fonte da Independência, inaugurado em 1922 por ocasião do centenário da Independência.
O projeto de recuperação dos equipamentos foi projetado pela Farah Service e pelo Museu a Céu Aberto. O restauro ficou a cargo da Companhia do Restauro, sob a supervisão da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e do Museu a Céu Aberto. O projeto também teve apoio da Secretaria Municipal de Cultura, do Departamento do Patrimônio Histórico (DPG) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Além de ser considerado um marco histórico, o Parque Independência é tombado desde 1975.
Em uma área total de 184.830 metros quadrados, dos quais 3.870 metros quadrados são tomados por edificações, o local teve as fontes e chafarizes criados pelo urbanista Prestes Maia, que rebaixou o terreno em 14 metros e construiu os tanques ladeados pelos jardins franceses no estilo de Versalhes.
Construídos com fulget e granito, os equipamentos se encontravam em péssimo estado de conservação nos últimos anos.
As características arquitetônicas de 1922, apesar de mantidas, estavam prejudicadas por problemas nas instalações hidráulicas e na iluminação, que foram alteradas na década de 70 em comemoração ao sesquicente-nário da Independência.
Segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, para que o chafariz e a fonte voltassem a funcionar, respeitando as características arquitetô-nicas da data de sua inauguração, o projeto de restauração, iniciado em setembro de 2003, teve minuciosas pesquisas históricas e iconográficas.
É que as mudanças realizadas na década de 70 foram removidas: os bicos dos elementos decorativos (vasos, peixes e carrancas) foram reativados, os jatos da vasca (o fundo dos chafarizes) foram reprojetados para uma altura baixa e todos os materiais dos elementos arquitetô-nicos foram restaurados, seguindo suas características originais.
Os chafarizes são inspirados em modelos franceses.
O conjunto comporta 850 mil litros de água e é composto por uma grande piscina que, ao transbordar, leva água para 18 tanques, alinhados três-a-três, que fazem a água cair por gravidade em cascata de um tanque para o outro, para, em seguida, desaguar na maior das piscinas, onde há chafarizes que formam cortinas e canhões d’água.
|