"> Dólar dispara a R$ 5,584 com ameaça de tarifas e bolsa cai pela sexta vez seguida

 

Economia - 14/07/2025 - 18:57:15

 

Dólar dispara a R$ 5,584 com ameaça de tarifas e bolsa cai pela sexta vez seguida

 

Da Redação .

Foto(s): Divulgação / pexels / pixabay

 

O dólar comercial fechou em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,584, o maior valor em mais de um mês.

O dólar comercial fechou em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,584, o maior valor em mais de um mês.

A segunda-feira (14) foi de forte tensão nos mercados. O dólar comercial fechou em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,584, o maior valor em mais de um mês. O motivo principal foi o aumento da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que voltou a ameaçar novas tarifas sobre produtos brasileiros.

Enquanto isso, a bolsa de valores (Ibovespa) caiu pelo sexto dia seguido, com queda de 0,65%, encerrando aos 135.299 pontos. O clima de incerteza fez os investidores adotarem uma postura mais defensiva.

Por que o dólar subiu?

A nova alta do dólar aconteceu mesmo com a moeda americana estável lá fora. O que pesou aqui foi o risco político e comercial envolvendo o Brasil. Trump anunciou que pode aumentar as tarifas para até 50% sobre produtos brasileiros, em mais um capítulo de sua política de proteção à indústria americana.

Apesar de o governo brasileiro tentar manter a calma, o mercado reagiu com cautela. O dólar ficou entre R$ 5,544 e R$ 5,593 ao longo do dia, terminando perto da máxima.

O que derrubou a bolsa?

A queda da bolsa foi puxada por ações de empresas grandes, como:

  • Petrobras, que caiu com a baixa no preço do petróleo;

  • Vale, pressionada pela incerteza sobre a demanda global por minério;

  • BRF, que liderou as perdas do dia com queda de mais de 4%.

Além disso, o volume negociado na B3 foi mais fraco do que o normal — cerca de R$ 14 a 16 bilhões, abaixo da média diária dos últimos meses. Isso mostra que os investidores estão mais hesitantes e esperando uma definição sobre o cenário externo.

Capital estrangeiro escolhe com cuidado

Mesmo com o cenário ruim, alguns investidores de fora continuam apostando no Brasil, especialmente em empresas ligadas a commodities, como petróleo e minério de ferro. Isso ajudou a segurar um pouco a pressão sobre o câmbio.

O real também se fortaleceu frente ao euro, mostrando que ainda há entrada de capital por aqui — mas de forma mais seletiva.

E agora?

O mercado está em modo de espera. O governo brasileiro prometeu anunciar medidas para tentar proteger setores afetados, mas ainda não está claro como será essa reação.

O que se sabe é que até 1º de agosto, prazo definido pelos EUA para aplicar as tarifas, os investidores vão ficar de olho em qualquer novidade. Enquanto isso, o câmbio deve continuar volátil e a bolsa, sensível ao noticiário externo.

Resumo do dia

Indicador Resultado
Dólar R$ 5,584 (+0,65%)
Ibovespa 135.299 pts (–0,65%)
Petróleo Brent –1,7%
Ações da BRF –4,55%
Semana da bolsa –2,1% (parcial)

* Com informações de InfoMoney, CNN Brasil, Bloomberg, Reuters, Nord Research e dados da B3.

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