"> Dólar fecha em alta de 1% a R$5,4809 com ameaças tarifárias de Trump aos países do Brics

 

Economia - 07/07/2025 - 19:12:34

 

Dólar fecha em alta de 1% a R$5,4809 com ameaças tarifárias de Trump aos países do Brics

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / pexels / Karolina Grabowska

 

O dólar comercial fechou o dia 07 de julho de 2025 a aproximadamente R$ 5,48, com variação de +0,99% ou +1,04%.

O dólar comercial fechou o dia 07 de julho de 2025 a aproximadamente R$ 5,48, com variação de +0,99% ou +1,04%.

O dólar deu um salto nesta segunda-feira e fechou com uma alta de mais de 1%, refletindo um cenário internacional mais tenso e incerto — principalmente após declarações nada diplomáticas vindas do ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Panorama do câmbio

O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4809, com alta de 1,04%. Já o contrato futuro para agosto, que concentra maior liquidez no momento, era negociado a R$ 5,5115 no fim da tarde, também com alta de 1,05%. Mesmo assim, vale lembrar: no acumulado do ano, o dólar ainda recua cerca de 11,30% frente ao real.

O que movimentou o mercado?

O que pesou no câmbio hoje foi a nova rodada de ruído político internacional. Durante a cúpula do Brics, no Rio, os países membros criticaram o aumento generalizado de tarifas no comércio global. Horas depois, Trump subiu o tom em sua rede social, a Truth Social, ameaçando com tarifas adicionais de 10% para países alinhados a “políticas antiamericanas” — uma alfinetada direta ao bloco.

Como era de se esperar, o mercado reagiu. Ativos de países emergentes — como o real, o rand sul-africano, a rupia indiana e o peso mexicano — perderam força. O risco aumentou, e o investidor correu para o porto seguro da moeda norte-americana.

Reação local

O presidente Lula respondeu de forma dura: chamou Trump de “irresponsável” e defendeu a soberania dos países do Brics, reiterando que “o mundo mudou” e que “não queremos imperador”. O discurso teve efeito limitado no câmbio, mas reforça a volatilidade política no radar dos investidores.

Fatores técnicos

Além do cenário externo mais pressionado, tivemos aqui dentro um fator técnico importante: o mercado estava “vendido” em dólar, ou seja, havia muitas apostas na queda da moeda. Com a tensão crescendo, veio a corrida para zerar posições e isso acelerou a valorização do câmbio.

Atuação do Banco Central

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 35 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados na operação de rolagem — o que ajudou a dar alguma liquidez ao mercado, mas não foi suficiente para conter a pressão compradora.

Mercado 

O dólar também se fortaleceu frente a outras moedas. O índice DXY (que mede a moeda americana contra uma cesta de divisas) subia 0,58%, refletindo o movimento global de aversão ao risco.

Resumo

  • O dólar subiu mais de 1% puxado por tensão geopolítica e movimento técnico;

  • Trump ameaça tarifar países do Brics e reacende o debate protecionista;

  • Lula rebate e defende soberania;

  • Investidores procuram proteção no dólar em meio à incerteza;

  • BC atuou, mas não impediu a alta;

  • O patamar de R$ 5,50 volta ao radar como zona de resistência.

* Com informações de diversas fontes como Reuters, Bloomberg e Banco Central (BC), entre outras

Links
Vídeo