O litoral de São Paulo foi palco de uma grave ocorrência ambiental na última semana. De acordo com levantamento do Instituto Gremar, 50 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encalharam nas praias da Baixada Santista entre os dias 28 de junho e 4 de julho. Desses, 43 foram encontrados mortos.
As cidades mais afetadas foram Bertioga, Guarujá, Santos e São Vicente. Bertioga lidera com 24 casos — sendo 19 pinguins mortos e cinco resgatados com vida. No Guarujá, foram 18 encalhes, com apenas um sobrevivente. Santos registrou seis casos, e São Vicente, dois — todos mortos.
Os poucos animais vivos foram encaminhados ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, em Guarujá, onde recebem tratamento intensivo.
Entenda a migração dos pinguins
O fenômeno está ligado ao ciclo migratório natural da espécie. Os pinguins-de-magalhães saem da Patagônia Argentina entre maio e agosto em busca de alimento, seguindo correntes marítimas que os trazem à costa brasileira.
No entanto, o trajeto é cada vez mais perigoso. Segundo o Gremar, os encalhes podem estar relacionados à fadiga extrema, desnutrição, desidratação, e interferências humanas, como redes de pesca, poluição e colisões com embarcações.
Os corpos dos animais mortos foram enviados para exames de necropsia, que poderão confirmar as causas das mortes.
O que fazer ao encontrar um pinguim encalhado?
Especialistas alertam: não toque, não alimente e não devolva o animal ao mar. A recomendação é manter distância e acionar o resgate especializado. O Instituto Gremar atende emergências pelo telefone 0800-642-3341.
Balanço por cidade – pinguins encalhados (28/6 a 4/7):
Cidade |
Pinguins Vivos |
Pinguins Mortos |
Bertioga |
5 |
19 |
Guarujá |
1 |
17 |
Santos |
1 |
5 |
São Vicente |
0 |
2 |
Fonte: Instituto Gremar